26/10/2009

Arte para que?

ARTISTAS, ARTE E REVOLUÇÃO

O debate que se dá entre os artistas que se declaram ‘de vanguarda’ e a necessidade da ação revolucionária para a liberação da arte e da independência da arte para a revolução.
por Mario Conte

Os artistas não constituem um grupo à parte das relações de classe, do estado ou do sistema econômico. Pode parecer muito estranho iniciar este texto por um fato tão óbvio: ainda que a matéria do trabalho do artista seja basicamente a imaginação, ele é um ser deste mundo, com todas as necessidades materiais de qualquer outra pessoa. Necessidades estas que precisam ser obtidas pelos mesmos meios que todas as pessoas se utilizam na sociedade capitalista: a venda de mercadorias produzidas por elas, ou a venda da sua força de trabalho, usada para produzir mercadorias. Por mais óbvio que pareça o fato de que o artista está neste mundo e, sendo assim, não observa este mesmo mundo do alto, sem participar dele, em outras épocas esta relação se fazia muito mais clara que hoje, principalmente para os próprios artistas. Exatamente porque em outras épocas a arte e, consequentemente, os artistas encontravam-se a serviço do poder oficial para poder sobreviver.

02/10/2009

Cultura x Mercado

PEC 150: MAIS CULTURA, MENOS MERCADO!

Na quarta-feira da semana passada foi aprovada uma reivindicação histórica dos artistas: a Proposta de Emenda Constitucional 150 (PEC 150).
por Marília Carbonari

A PEC 150 compromete anualmente no mínimo 2% dos recursos da União, 1,5% dos Estados e 1% dos municípios para a preservação do patrimônio cultural brasileiro e para produção e difusão da cultura nacional. Atualmente o orçamento federal destinado à cultura é de apenas 0,5%.

Na justificativa da emenda constitucional aprovada pela comissão especial da Câmara dos Deputados lê-se: “valorização da cultura nacional depende de um decisivo e continuado apoio governamental”.